Um Shinobi - Naruto & Boruto RPG
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[Campo de Treinamento] Time 13

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Mensagem por Ilusionista Sáb Ago 24, 2019 9:25 pm

[Campo de Treinamento] Time 13 Latest?cb=20140827195433&path-prefix=pt-br

Observação: Aqui ocorre os treinamentos - tanto individuais quanto coletivos - do Time 13 (Maquiavel, Asami, Rize e Kaneki)
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[Campo de Treinamento] Time 13 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Ilusionista Dom Ago 25, 2019 1:25 pm

Treinamento Individual I: Asami
Asami POV

Meus dedos, ainda que não pudessem dizer que são imaculados a crueza de nosso mundo, sabem aproveitar um momento de paz. Eles estavam tocando a água do lago, azul e pura como apenas em um conto de fadas seria. As ondas massageavam a palma de minha mão, desbravaram seus caminhos e cicatrizes: coisas que uma câmera não pode ver, coisas que ninguém está interessado em saber.
Suspirava, um pouco receosa do que o futuro me guardava. Não sabia se vier aqui sozinha era o certo a se fazer. Meu passado não me condena entretanto, também não é nem um pouco gentil comigo. Tenho marcas gravadas na minha carne para me lembrar disso. Agora, um pouco distante do lago, meus pés estavam nus: sentindo as formigas, as pequenas vidas, subindo em sua alçada.
Sua existência, diferente da minha, era breve: era simples. Sem sorriso falsos, sem mentiras descaradas. Apenas a natureza, crua e verdadeira como ela é. Eu as invejo, eu trocaria de lugar com elas se pudesse. Observo-a visitando meus dedos dos pés, caminhando em minha unha feita com esmero - e com os melhores produtos que uma pessoa pode comprar. De meu passado, a vaidade em um de seus fantasmas: o meu pecado.
- É melhor sair de mim, amiga… Ser afogada é uma sensação horrível, acredite em mim.
Balancei meus pés, fiz ela ir embora. Seguir com seu dia tal como eu faria. Estava um pouco insegura, não sabia se vir aqui sozinha era uma decisão sabia a tomar. Meu passado não me condena, entretanto, ele não foi o homem mais gentil comigo, sutil. Tinha marcas em minha carne que não permitiam mentiras sobre isso: a minha boca, por vezes, só cabia o silêncio.
O canto de um pássaro, ainda que distante, era uma das poucos coisas que me garantiam que estou viva. Por vezes, enquanto encaro esse lago, posso ver coelhos passando: eles eram pequenos e me olhavam com curiosidade. Pareciam puros, de uma inocência que não mais me pertencia: de uma inocência que me foi tirada antes mesmo que eu tomasse conta de sua existência.
Eles, esses seres que tanto me contemplam, são rotulados de irracionais por alguns. Porém, é aqui que sou presenteada com a ironia: Talvez, em muito tempo, seus olhos pronunciados e escuros são os únicos que não me atingem com cobiça: com os vícios do Homem. Seja por poder, seja por fama, todos vivem um teatro de sorrisos falsos e amizades fugazes. Em minha infância, que no agora parece tão distante, essa era a realidade que me chegava.
- Isso era tua história, antes… Antes. Não precisa ser essa história mais.
Sabia que estava sozinha, sozinha de gente como eu. Porém, por teimosia, ainda sussurrava algumas palavras - algumas lorotas - para mim mesmo. A Verdade era que, enquanto eu apreciava essa minha singela fuga da realidade, eu era muito boa nos jogos da alta sociedade. Sempre sob os olhos mortos das câmeras, do efêmero brilho de seus Flashs, era uma princesa de longos fios ruivos presa no pico de uma torre encardida.
Mas, conhecem o ditado, é melhor ser rainha no inferno que um mera estátua, uma serva, no Paraíso.
Dando adeus aos meus devaneios, faço um selo de mão. Era delicado, quase como uma arte, era assim que eu descreveria esse ato. Um segundo se passou e a grama, a mesma onde meus pés repousavam, parecia ter se assustado. Minha energia, meu Chakra, ao resto do mundo se apresentava: ele não era tímido, muito pelo contrário, ele parecia ansiar pela possibilidade de ser visto, pelos instantes que podia ser admirado.
Sentia-o correr por minhas veias, pulsar como se fosse meu segundo coração. Um coração muito mais livre e rebelde do que um dia eu me permitiria. Quem sabe, era por isso que me é tão difícil controlá-lo, domá-lo. Imune ao meu charme, surdo para minhas mentiras doces e comandos, pouco posso fazer além de o assistir se rebater pelo meu corpo, se recusar a ficar em um só lugar. Talvez, de maneira irônica, ele fosse o reflexo do que eu, a sacerdotisa, deveria ser ou, melhor, queria ser.
Demorou minutos, quase uma hora, antes que eu fizesse minha energia se acalmar. Fechava os olhos, mergulhava nos sons - nos hinos - da natureza e respirava de maneira calma. Meu coração, o meu de carne e sangue, quase podia ser ouvido por minhas orelhas caladas. Não sabia bem qual podia ser sua mensagem e, para ser franco, aquilo pouco me importava.
De repente, meus pés nus e sob uma grama agitada, se aquecia. Era a concentração de energia se formando, seu tom ameno poderia ser visto por qualquer curioso. O sol, nessa altura do campeonato, já havia se movido: se preparado para a tarde que logo tomaria seu lugar de direito. Um suspiro escapou de meus lábios, um que dizia aquilo que as palavras não tinha coragem de escrever com meus lábios.
O suor, antes acanhado, estava inibido: escorrendo por minha testa, fazendo sua própria chuva particular. Minhas pernas doíam, imploravam por um descanso que nem tão cedo veria. Posso sentir meus ossos se mexendo, dizendo para eu não continuar: para eu obedecer o saco de carne onde vivia minha alma. Entretanto, com um sorriso discreto e de canto, eu continuava andando até o suor de minha testa se unir com a pureza do lago a minha frente.
Por um instante, um fugaz e leve instante, meu pés tocavam a água. Eu estava, mesmo que por pouco tempo, desafiando as leis da física - do universo. Estava pisando, sentindo as ondas baterem em meus dedos descobertos. O vento era frio, bagunça meus cabelos e, de maneira travessa, brincava com meu equilíbrio tenûe. Apesar de tudo, o risco e a adrenalina me arrancavam um riso: um que não dava as caras desde que conheci aquele de Olhos Avermelhados.
A audácia me fez tentar dar um passo, me tirar da inércia, mas, a gravidade teve seu melhor de mim: a queda, o inevitável e molhado, aconteceu.  
...
Toda a minha roupa havia tomado banho, estava encostada em uma das muitas árvores do local, deixando a natureza cuidar de secar meu cabelo: era como chamas, brasas ao vento, se alimentando do oxigênio. Coelhos, fofos, iam e viam na paisagem, curiosos com a intrusa que vinha nos visitar. Eu apenas sorria para eles, cansada demais para trocar algumas - mesmo que breves - palavras ao vento.
Entretanto, algo começou a acelerar meu coração, algo que fazia o meu Sino acordar de seu descanso. Diante de mim havia um homem de armadura: uma armadura que, por sinal, havia sido maltratada pelo tempo. Estava enferrujada, comida pelos vermes que se mostravam ao sol sem nenhum pudor.
- Não, Não aqui… você não pode ter me seguido até aqui!
Minha garganta inflama com meu grito e o eco de terror assustava os animais - que antes - eram meus amigos. Somente cabia a mim assistir, ver o rosto daquele que comandava a arcaica armadura: era apenas um esqueleto, sem vida, o crânio de alguém que deixou de pisar nessa terra há muito tempo. Não saia som de seus lábios, apenas vermes entravam e saiam de sua boca caída.
Por instinto, atirei uma rajada de energia nele que, como um fantasma, nada sentiu. O tiro apenas cortou o vento até uma árvore do outro lado receber, de minhas mãos, um presente: um buraco profundo em sua carne.
O Homem de Armadura desapareceu, deixando-me sozinha com o canto dos pássaros… com o único canto que me lembra do que era realidade.  
Encerramento do Treinamento I

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Mensagem por Um Dom Ago 25, 2019 3:17 pm

Avaliação
O texto ficou muito bom, gostei bastante de todas as emoções da personagem, mas sinto que o treinamento ficou em segundo lugar. O treinamento pareceu perdido entre todas as emoções e sensações da personagem, não senti que foi realmente um treinamento.

Não existe nenhum problema com eles treinaram todos no mesmo local, é interessante que coloque consequências dos treinamentos de cada um no local, como se por ventura um deles destruir o solo, o outro encontrar o local com aquela destruição, dando assim continuidade e a sensação de que "outros também usam esse lugar".

Como citei antes, o texto ficou ótimo, mas o treinamento ficou perdido no meio de tudo - isso refletiu na recompensa - , poderia se focar mais no treinamento, deixando um pouco menor e mais relacionado diretamente a ele.

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Mensagem por Ilusionista Sáb Ago 31, 2019 1:29 pm

Treinamento Individual I: Rize

Rize POV
O sol estava aos poucos chegando em seu auge, no medo dia tão esperado. Se eu estivesse em casa, eu estaria almoçando com meus pais e discutindo os próximos afazeres... O que, em sua grande maioria, se resumiria ao puxar o saco da nobreza e garantir que seu ego continuasse inflamado. Mas, me digam, do que serve uma realeza que não suja as mãos pelo seu povo? Todos eles viviam em sua bolha pessoal, preocupados demais com seu umbigo, para notar as necessidades de seus servos, os desejos daqueles que dariam sua vida por eles.
A grama toca meus dedos nus, fazendo um pouco de mimo em meus pés calejados. As cicatrizes em meu corpo não me deixavam em paz, mesmo sob o silêncio pleno da natureza, elas gritavam: não descansariam até que a raiva em meu coração engolisse tudo a sua volta, corresse por todos os caminhos - todas as trilhas - de minha carne.
A emoção era meu governante mais atroz, fazia eu puxar a corda de meu arco com força, quase como se estivesse sufocando algo ou alguém no processo. A flecha estava alinhada com esmero, dona de um  foco que invejo. Meu olhar, por sua vez, tentava seguir esse exemplo. Uma frieza, ainda que não totalmente franca, me abocanhava aos poucos. Um mero segundo passou e, tal como a flecha, o vento cortou.
O barulho logo cessou, alguns pássaros na proximidade alçaram voo - o temor era seu motor, eles sabiam que minha seta havia acertado seu alvo: um tronco ordinário, um entre muitos nessa floresta,  que teve a sorte de ser algo mais: a sorte de me ajudar com meu sonho, com o futuro que, de degrau a será meu.
Afego, ainda que de maneira breve, os dedos das mãos. Não havia nada de novo neles, são calejados como o resto de tudo que me pertence. Com um dos meus braços extras, musculosos e firmes, capturo uma flecha a mais de minha aljava. Tirando a ponta, sua estrutura era feita de madeira. Uma madeira que, como eu, era áspera e arredia.
A flecha estava pronta e a corda do arco, mais uma vez, era puxado com violência. Mesmo muda em meus lábios, aquele ato dizia tudo aquilo que minha boca não podia dizer. toda rebeldia, toda amargura, cozida em meu interior. Houve a calmaria, a mesma calmaria que nós visita antes da tempestade - nesse caso, era o projetil instantes antes de viajar até o seu alvo: instantes antes do tronco ser perfurado e, como eu, ficar para sempre marcado.
De maneira modesta me ajoelhei, clamei pela terceira flecha. A sua ponta, diferente das outras, não gozava da perfeição. De fato, arrisco dizer que estava um pouco enferrujada. Porém, meus olhos apenas se reviraram por um breve momento, esses pequenos detalhes de pouco me abalava. Apenas um único minuto eu precisava para preparar tudo, puxar a corda e posicionar essa seta pateada em seu canto.
A respiração, dessa vez, traiu-me de maneira vulgar. Mesmo com meu olhar estreito, visualizando aquele tronco cheio de furos, algo me faltava, ou melhor, algo me assombrava. Podia ouvir meu coração acelerar e ódio - que tanto tento espulgar - se acumulando sem, nem a sua própria liberdade, ter. Ofegante, confusa, a flecha que disparei era apenas meu reflexo distorcido no espelho e, como tal, fez seu caminho pela floresta se perdendo.
- Merda, eu só tenho seis flechas, meus pais vão me matar se voltar pra casa sem uma...
Anunciei com um tom pouco ameno, meio exausto, enquanto largava meu arco aos cuidados da natureza e corria em direção ao projétil perdido.
...
 
Alguns minutos se passaram e, em meio ao verde vasto, minha esperança de achar a flecha era, aos poucos, assassinada. Para piorar a situação, havia coelhos e insetos por todo lado. Todos almejando um pouco de minha atenção, todos buscando uma serva para chamar de sua. A natureza não era diferente de onde vim, apenas não mascarava suas intenções com palavras bonitas e uma tradição idiota.
Cheguei próximo a um lago onde, por pouco, minha flecha não era puxada. Entretanto, diante de mim, uma mistura de medo e curiosidade se fazia presente: em uma das árvores, após as águas puras que, por muito pouco, não me presentearam, vi um grande buraco em um dos troncos: grande e denso. Perguntei-me, mesmo em um silêncio fugaz, o que teria feito aquilo: deixado sua marca no mundo, uma marca de poder, que talvez eu nunca haveria de conseguir.
Por fim, retorno ao meu treino. Ainda falta muito para a noite.

Encerramento do Treinamento
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Mensagem por Um Dom Set 01, 2019 9:32 am

Avaliação
Conseguiu fazer um treinamento melhor desta vez, gosto de como faz a ambientação das emoções e de como Rize pensa sobre a relação família principal e família secundaria.

Mas, acredito que o treinamento esta um pouco simples, não vi muito esforço do personagem. Para Rize que possui alguma pontuação em destreza apenas disparar uma flecha é algo simples, pense em como poderia melhorar isso, alvos móveis? Alvos menores? Crie uma "situação de treinamento", onde existe um objetivo "acertar alvos pequenos" ou algo do gênero e comece a desenvolver essa idéia, mesmo que ele não seja alcançado verdadeiramente neste momento, mostre um certo esforço por parte do personagem.

Os treinos não necessitam de textos longos - apesar de não ser mal isso - os treinamentos devem ser "simples e rápidos" para que assim consiga fazer um maior volume de treinamentos.

Você pode se utilizar do recurso de "não mostrar o treinamento inteiro" como fez ao dizer que ainda faltava muito para a noite, porém mostre pelo menos o início - talvez mais atrapalhado e errático - e o fim - os resultados e avanços, mesmo que pequenos - dos treinamentos.

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Mensagem por Ilusionista Ter Set 03, 2019 5:44 pm

Treinamento Individual I: Maquiavel

Maquiavel POV
Fazia algum tempo que não treinava com meu pai ou, em alguns casos, com seus subordinados. Geralmente havia o rastro de sangue, o aroma da morte sempre me circulando nessas horas. Entretanto, desde que cheguei na vila, sinto que amoleci: minha lâmina não anda mais tão movimentada, tão suja, quanto era antigamente.
Invés disso, eu estava sentado; encostado em um tronco cheio de furos. Toquei-os antes, são curtos e finos... O poder de perfuração era alta, talvez algo de metal lhe foi lançado: lançado em alta velocidade. Provavelmente, uma dúzia de Kunais ou flechas.
Entretanto, meu pensamento não se concentrava mais nisso. Abalado pelos sons, os ecos, dos grilhos eu lia um livro. Era sobre estratégia e eu, de maneira faminta, rapidamente devorava suas páginas. Ainda que prazeroso, era algo que ia contra aquilo que me foi dito para fazer: aquilo que foi dito para ser meu treino. Treinamento, estudo, não era filho da Diversão mas sim, filha da disciplina.
Os últimos pensamentos viam como se a voz não fosse minha - vinha como se meu pai, mesmo separado por mares, sussurrasse em meu ouvido acanhado.
- Em uma guerra, o general deve evitar dividir suas tropas: abrir duas frentes de batalha embora, por vezes tentador, exige maior quantidade de recursos... - Dizia em voz alta e, como uma criança, me permitir acreditar, ainda que por segundos breves, que isso afastaria o bicho papão. - Não inicie uma batalha sem saber seu território pois, aquele que domina o terreno, em ultima instância, domina o tabuleiro...  
Respirava fundo e, por mais que estivesse atormentado, tentei explorar as profundezas desse livro. Lendo-as com esmero, passando uma página a cada par de minutos que se passava. A noite envelhecia e, enquanto horas se foram, a lua perdia seu brilho. Porém, mesmo tarde da noite, meus lábios não paravam de ecoar - timidamente - as palavras que saltava em seus olhos.
- O estrategista nato é aquele que vence sem gastar tropas, que usa o dialogo - a política - como forma de travar embates sem perder seus soldados... - Dizia antes de fechar o livro, estava em seu fim e a luz, a luz do sol, as poucos invadia meu lugar.

Fim do Treinamento Individual


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Mensagem por Um Qua Set 04, 2019 7:32 am

Avaliação

Diferente de seus treinamento anteriores, este foi muito mais sucinto e rápido, mais focado. Gostei do texto em si e deu um ar de intelectualidade ao personagem, algo que acho estar buscando.

No geral, apesar de acreditar que a qualidade caiu, não é necessariamente o caso. O texto ficou realmente menor, mas isso não é ruim, manteve a pegada emocional e a coerência com a historia do personagem sem se prolongar demais, como havia feito nos outros treinos.

Acredito que narrativamente deveria ter indicado que o personagem carregava algum tipo de luz, seja uma lanterna ou uma lâmpada de bolso para conseguir ler durante a noite. Faria mais sentido.

O treinamento ficou rápido e claro, mas seria interessante ao invés de colocar os trechos do livro, colocar um pensamento ou uma rápida analise dos mesmos na visão do personagem.

O conflito interno sobre seu passado pode ser utilizado como inúmeros gatilhos, tanto em seus treinamentos como em suas ações em missões por exemplo, algo como os demais ficarem assustados com a crueldade exibida pelo personagem devido a ele não estar realmente acostumado como os "métodos pacíficos" dessa nova vida em konoha. A ideia de investigar o local pode ser um ótimo gancho para "reunir" o time, como se o personagem estivesse analisando-os antes do time ser formado realmente.

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Mensagem por Ilusionista Seg Set 23, 2019 10:27 pm

Asami Treinamento Individual II
Asami POV
Estava tensa, demorei alguns dias para voltar aqui: voltar para essa floresta. Estou perto do rio, aquele da ultima vez. Onde eu vi o fantasma retornar e minha mente, perversa como eu nunca admitiria ser, me pregava mais uma peça. Uma miragem e, ainda sim, ela tocou o mundo: transcendeu o abismo entre verdade e mentira. E, eu, estou olhando para a prova disso, o tronco da árvore que, no passado, levei de volta a terra.
Suspirei, mexendo de maneira ansiosa em meus fios de cabelo avermelhados. Eles simbolizavam o fogo que existe atrás de meu doce sorriso, a chama que está prestes a abraçar o rio. Apenas fiquei olhando para a água e seu andar calmo. A natureza é sempre tão calma, tão equilibrada. As ondas nascem e morrem em um ciclo quase invisível aos olhos. Temo, temo como uma criança de doze anos, que acabarei com essa paz: que serei eu a mensageira da loucura mais uma vez.
Tirei meu calçado e deixei na beirada da pequena lagoa. Por um instante sentir a grama em minha pele, ela a tocava gentilmente como poucos fizeram antes. Rapidamente fiz um selo de mão e meu chakra, de cor rosada, se estendia por todo o meu corpo sem controle: era praticamente uma entidade viva dentro de mim. Aquele poder lutava, se debatia como um peixe em meio as minhas entranhas.
- Calma, Asami... Lembre-se dos livros de sua infância.
As palavras saiam de meus lábios finos e pálidos enquanto o suor, o estresse de tudo aquilo, escapava por meio de uma testa franzida. Um bom tempo se passou antes que eu conseguisse domar, ainda que de maneira miníma, minha própria energia. Porém, surgiu um breve sorriso enquanto apenas os meus pés eram contornadas por elas.
Ficar em pé tanto tempo tinha seus curtos, ainda mais quando sua carne era tão frágil - tão crescida no luxo - quanto a minha. Os ossos já pediam arrego, queriam que eu desistisse e simplesmente deixasse minhas pernas tombarem. Andar, outrora brincadeira de criança, se mostrava um desafio para mim.
O sol já estava mais alto, umas boas duas horas já tinham se passado antes que eu tivesse coragem de tentar andar sobre a água. Digamos que nem sempre é uma vantagem ter altas reservas de chakra. Era complicado fazê-lo seguir minhas ordens, quase como se esse poder não devesse ter caído em minhas mãos... E, talvez, isso esteja certo.
Esse pensamento me fazia cerrar as mãos numa tormenta de insegurança que minha boca se recusava a dar vez. Apenas andei em frente e, como se o destino estivesse rindo da minha cara, eu cai na água feito uma bebê.  
Fui nadando até a beira do rio, meus cabelos ruivos estavam molhados e meus olhos, normalmente donos de uma calma tamanha, se deram luxo de suspirar um pouco de raiva. Meu punho, ainda banhado, se encontrava violentamente contra a grama. Uma mistura de dor e alivio se fez com esse ato banal, digno de um animal: de uma pessoa que não viveu de frente as câmeras, escrava de sorrisos falsos.
Levantei-me, desta vez, sobre o eco imaginário de vozes de um passado que, tal como as câmeras mortas, me assombravam. Diziam-me, em alto e bom som, que eu nunca poderia ser uma Kunoichi: que meu destinho, como esses olhos, já estavam traçados. Aquilo fazia meu sangue ferver, o suficiente para continuar tentando.
Horas se passaram e o meio dia chegou, eu não tinha nada além de vestes molhadas para mostrar. Todo o meu corpo doía, implorando para eu deixar minha cabeça dura descansar. Algo que, relutantemente, eu acatei. Estava deitada sob a grama, a respiração se encontrava ofegante. O corpo, aos poucos, se contorcia em exaustão. Minha boca, em ironia, estava seca como um deserto. Ao todo, só consegui quedas e mais quedas, apenas o chakra, em meus dedos enrugados, se mantinha intacto.
Fim do Treinamento
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Mensagem por Um Ter Set 24, 2019 3:52 am

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O treinamento melhorou, mas ele ainda carece de "treino" se é me entende, talvez fazer Asami cair na água varias vezes fosse uma maneira melhor de mostrar seu esforço.

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Mensagem por Ilusionista Ter Set 24, 2019 7:04 pm

Asami Treinamento Individual III
Asami POV
Estava um pouco cansada, irritada pela demora da academia em me colocar um time. Quem sabe, meu histórico em minha terra natal esteja pisando na consciência deles. Não posso os culpar, a única coisa que ainda mantém uma inocência em meu sorriso na frente das câmeras. Havia chegado no meio da floresta nessa altura do campeonato, a mesma que já me conhece: a mesma que, em suas profundezas, possui minha marca e destruição próxima do rio.
Curiosamente, é onde decidir sentar hoje: em sua beirada, apenas assistindo as ondas indo e voltando em uma paz que somente a natureza tem o luxo de possuir. Em minhas mãos brancas como neve seguram um livro grosso, filho da biblioteca central daqui. Aluguei-o por sete dias mas, modéstia a parte, só os tolos demorariam tanto.
Um breve esboço de sorriso domina meus lábios finos enquanto eu tirava o marcador de página do lugar, colocando-o soube a guarda da grama ao lado. Estava em seu inicio, o livro se chamava Princípios do
Comportamento Humano - Volume II
. A medida que passava suas páginas, as lia com esmero, percebia-as um pouco ásperas e amareladas, como se o próprio tempo esqueceu-se na beira da estante.
- O Reforço Positivo ou, em outras palavras, elogios e incentivos gentis são mais eficazes que um Reforço Negativo - a punição plenamente dita. - Sussurrava para meus ouvidos pálidos, era um nota mental do que achei mais importante. - Estímulos repetitivos, padronizados, independente da forma de Reforço, é capaz de criar - estabelecer - uma linha de ação previsível e, em ultimo caso, sugestionável.  
Aquilo me interessava, atiçava as trevas que se escondiam nas entranhas profundas de meu coração. Recordava-me, ao passo de que minutos se transformaram em horas, minha infância ladina: quando, no escuro onde as câmeras não me possuíam, eu lia sobre uma arte de outrora. A arte de ser uma ninja. Céus, naquela época, meu maior receio era ser pega com a mão na massa por minha mãe... Ouvir seu sermão de que isso não colocava comida na mesa no fim do dia.
Eram tempos mais simples. Continuava lendo, explorando os mínimos caminhos desta obra.
- O comportamentalismo não se abdica da subjetividade humana, das suas emoções. Apenas é mais prático em sua raiz, busca entender o agora. Entender os padrões dos seres, manuseá-los para separar o bom e o ruim de cada existência. - Suspiro, as horas de leitura pesavam em meus olhos violeta. Não sou mais a mesma de seis anos atrás, meus sonhos foram em outra direção quando o conheci. - Contemplar o elo entre o objeto e o Homem é uma necessidade. O objeto que ele convive pode denunciar seus medos e desejos... Com o Reforço certo, esse elo pode ser modificado por terceiros.  
Sussurrava uma vez mais para mim mesma, memorizando os pontos chaves dessa narrativa. Passou horas, o sol que me recebeu já virou estrelas. Observo-as por um momento e, claro, também as invejo. Elas não precisam quebrar a cabeça com as nunciais de seu semelhante: domar seus lábios pois, no fim, uma palavra errada é o que separa o caos da guerra; sangue da paz.
Fecho o livro, cetenas de páginas lidas em um dia. Levantou-me e, sob a luz do luar, eu volto para minha casa. Volto para o teatro que todos nos chamamos, carinhosamente, de sociedade. Progresso.
Fim do Treinamento
 

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Mensagem por Um Ter Set 24, 2019 9:27 pm

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Este treino foi o melhor ate agora, muito mais focado! Parabéns!

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Ps Asami não pode mais realizar treinamentos essa semana
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Mensagem por Ilusionista Qua Set 25, 2019 1:07 am

Maquiavel Treinamento Individual II
Maquiavel POV
Mais uma noite nessa terra estranha, é quase contra minha natureza esses "treinos" mais recentes. Essa paz sem sentido é o inverso do que meu clã defendia. Diferente de onde vim, a nevoa ofuscava o brilho das estrelas efêmeras mas, em meio a essas arvores, esta não é mais minha realidade. Ou, ao menos, era nisso que meus lábios selados queriam acreditar de maneira momentânea. Não posso os culpar, os castigar como meu pai fazia com minha carne, afinal, na entranha mais obscura, talvez seja essa a verdade. Talvez, eu tenha mudado de fato.
Encosto em um tronco e, sob o luar, afasto esses pensamentos proibidos enquanto abro mais um livro de táticas. Comecei a ler as primeiras páginas de uma forma atenta, de uma forma que nenhum detalhe ousaria escapar de meu olhar. Era como meu pai, para o bem ou para o mal, ensinou-me. Fazia isso como uma máquina, devorava uma folha por minuto.
- Medo e imaginação são aliados valiosos em uma guerra, faça seus amigos o verem como mais do que realmente é e, por sua vez, faça seus inimigos o verem como mais do que um simples Homem. - Sussurrava para meus ouvidos solitários, como se estivesse marcando com a mente aquilo que era o destino da caneta. - - ...Entretanto, quanto os outros podem se dar o luxo de sucumbir as emoções, um bom estrategista sabe quando as colocar em caixa. O sentimento, em seu estado mais puro, causa desordem e, para um Homem por trás do tabuleiro, isso pode ser a ruína. Saiba ler seu oponente, fazê-lo cair, antes que ele o faça consigo.
Passava página por página, sentia os minutos viraram horas quase sem fim. Dezenas de palavras, aos poucos, se tornaram milhares. E, como um bom soldado, continuei as dissecando: continuei lendo até que o ultimo segredo dessas linhas morressem por asfixia. Entretanto, o passado me assombrava, a calmaria não fazia meu sangue ferver. Essa paz que tanto declaram, essa falsa paz, me incomoda: vai contra meus instintos mais básicos.
- A mente bem trabalhada não se move do lugar. É assim é uma estratégia, em um campo de batalha, tudo deve ser equilibrado. A força, o poder independente de sua magnitude, é uma futilidade sem o conhecimento como guia e vice versa. - Dizia, como um louco pálido, eu sussurrava. Marcava, em minha memória, aquilo que me saltava aos olhos. - A política é a maior arma em uma guerra, ela pode afundar o mais vasto exercito. Não vença seu oponente no campo mas sim, em sua casa. Faça seu povo ver o preço de uma batalha e logo, ele clamará por um fim.
Isso fazia um sorriso, um esboço de um breve sorriso, tomar conta de meus lábios secos. Essa derradeira a citação, aquela que protagoniza as linhas derradeiras dessa obra, lembram - de forma - agridoce meu pai: todo o peso que meu sangue carrega. Tendo terminado o livro, retiro-me do lugar. A biblioteca já deve está sentido minha falta.
Fim do Treinamento
 

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Mensagem por Ilusionista Qua Set 25, 2019 1:49 am

Maquiavel Treinamento Individual III
Maquiavel POV
Era mais uma noite, estava um pouco curioso pelo fato da demora de me colocarem em um time enquanto ando no meio dessas árvores. Por um momento, um instante perdido no tempo, paro perante a possibilidade de terem descobrido meu real intuito nessas terras. Aquilo fazia meu sangue gelar e meus sentidos, mesmo depois de tanto tempo, entrarem em uma confusão generalizada. Após alguns segundos recuperando minha respiração nesse deserto de almas palavras decidem romper o silêncio de meus lábios gelados.
- Você fez tudo certo, não cometeu nenhum erro... Você é digno do nome que carrega. - Digo a me mesmo de maneira serena, quase como um mantra, ainda que meus pulsões teimam em tremer: em me trair.
Afasto essas preocupações da minha mente, guardo-as em um caixa e coloco-a em algum lugar empoeirado. Havia chegado onde rotineiramente eu treino.
Aquilo era uma vergonha para um jovem de minha origem, que soube usar uma espada assim que se entendeu como gente. Porém, não posso mentir, estava fora de forma. Comecei a correr, rodando o campo de treinamento, diversas vezes. Não demorou muito para as pernas começarem a suplicar por uma pausa que não veriam tão cedo. Pela quarta ou quinta volta seguida o suor já era o governante da minha pálida testa: em um toque de ironia perversa, ela tinha aquilo que meus lábios secos mais desejavam nesse instante. Água.
A lua se movia e, com ela, minhas pernas seguiam. Era a decima volta sem cessar, o pulmão parecia que ia sair pela boca. Aquilo doía e, ainda sim, tinha certeza que não era uma fração do que meu passado guardava. Os dias da Sala Escura me assombravam enquanto, tal como meus pés muidos, a respiração ofegante tomava conta de meus tímidos lábios.
O tempo aqui me deixou mole, a vigésima acabou se revelando o marco onde minha carne começava a falhar, as pernas se moviam porém, mais nada eu sentia. Tudo parecia governado pela fadiga e, cada pequena fibra que construía meu ser, estava perdendo o gás a cada novo passo que ousava em nascer. Meus dedos, úmidos, se encontravam em um afego desesperado onde acredito ser meu figado.
No despertar da corrida número 30 meus pés travaram e sua suplica não podia mais ser ignorada. Soltei, em revolta, um brando que anunciou minha queda nessa grama. Ela tocava minha pele de forma gentil, uma gentileza que me falta de carne e alma. Pés, dedos, pernas e estomago... Tudo em harmonia estava, vivia um sofrimento - uma exaustão - compartilhada. Minha boca, um deserto carente, se pronunciava em um trio de palavras: uma mistura de desprezo e estafa.
- Vergonha... Desculpe, pai. - clamava, fraco, era um sussurro que logo se apagava: que logo se perdia.
Fim do Treinamento


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[Campo de Treinamento] Time 13 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Um Qua Set 25, 2019 6:42 am

Avaliação

Assim como o treino de Asami, o primeiro treinamento foi ótimo, seria legal em treinos futuros de raciocínio não apenas ler, mas colocar em prática os ensinamentos aprendidos nesses livros. O segundo treino também foi bom, mas você poderia ter caprichado um pouco mais, visto que o personagem já possui alguns pontos em constituição. Se lembre que quanto mais pontos em um determinado atributo, os treinamentos precisam ser também de nível equivalente

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ps - Maquiavel já concluiu os dois treinamentos dessa semana
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Mensagem por Ilusionista Qui Set 26, 2019 12:00 am

Rize Treinamento Individual II
Rize POV
Repouso uma vez mais nessa floresta, longe das basteiras de meu clã: longe de suas regras infernais. Estava sentado na grama, aproveitando para admirar o sol em um silêncio quase inervante. Sou mais chegada em uma pegada de caos, apaixonada pela adrenalina quando ela soube minha cabeça e passeia pelo meu sangue. Dentro das famílias, como uma formiga perdida no sistema, um sorriso errado pode leva-ló para o descanso eterno.
- Realeza idiota. - Berrava para o mundo em meio de um bocejo sem compromisso. Aqui, só o canto dos pássaros vai me encher o saco.
Agora, em posse de meu arco e aljava, estava na hora de testar uma novidade que peguei emprestado com os cientistas - os auto declarados nerds - da vila.
- Acho que nunca viram uma garota na vida, bando de... - Dizia em tom de desdém enquanto introduzia, com maestria, a flecha entre as cordas. - Perdedores!
Em um ato fugaz a flecha rasga levemente meus dedos e a parte a toda até seu alvo. Ele, em questão, era metálico e resbuto. Parecia, aos meus olhos esquentados, um humanoide sem face feito de metal. Antes que eu pudesse clamar minha vitória entretanto, o objeto outrora estático se moveu no derradeiro segundo frustando meus planos e fazendo a raiva possuir meus lábios.
- Robô de treinamento idiota! - verbalizava de maneira bruta, já preparando com um - dos meus seis - pares de braço o próximo disparo. - 1... 2... 3... Round Two!
Minha respiração estava leve apesar de toda essa emoção, eu não me esconde em mascaras sociais. O segundo tiro, seguido a tradição, foi esquivado pelo robô através de suas pernas velozes - muito além do que a carne humana é capaz. Por mais que a falha fervesse o meu sangue sem piedade, o avanço da ciência era algo que me fascinava.
Continuei sacando em minha aljava, flecha após flecha tocava os meus dedos. Inicialmente, era leve e habitual mas, ao rítimo que meus disparos cortavam - de maneira rebelde - o vento. O sangue, pelos breves cortes, ao pouco pintava essa grama, essa natureza, de vermelho.
Mesmo com a dor, mesmo com os dedos cada vez mais ralados, continuava disparar os projeteis na maquina que se movia astutamente. Horas se passaram, a lua usurpou o trono do sol e eu, como filha digna da teimosia, ali continuava. Já era a flecha número trinta que errava o alvo, caia no meio das arvores: longe do meu alvo, dessa peça de sucada apática.
Ofegante estava minha respiração, a paz havia me abandonado e apenas a exaustão em meus ossos restava como minha companheira. As mãos tremiam, há horas suplicando uma pausa - perversamente - negada. Entretanto, diferente dessa perfeição feita de aço perante meus olhos negros, eu tinha um limite: eu tinha um coração cansado, batendo em desespero.
Em um ato, sem fazer cerimônia, larguei meu arco no chão e me esbarrei no toque irritante dessa grama. Estava deitada, a testa suada e meus olhos - finalmente - abraçavam a escuridão. O baque do arco caído ao meu lado, junto das diversas flechas tombadas e espalhadas no cansaço, foi a derradeira gota de realidade antes de cair no mundo dos sonhos em pregos árduos.
Fim do Treinamento
   
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Mensagem por Um Qui Set 26, 2019 4:10 am

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Gostei de com o colocou bem o temperamento e personalidade da Rize. O robô de treinamento foi uma boa idéia, apesar de quando te dei a use da pensei em algo como alvos lançando entre as árvores, presos por linhas, mas o robô de treino foi melhor, mais legal.

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Mensagem por Ilusionista Sex Set 27, 2019 12:48 am

Rize Treinamento individual III
Rize POV
Estava na floresta, era bom sair do complexo do clã para variar. Existia muitos idiotas nele e não estava com muita vontade de manter a expressão de obediência cega que eles tanto gostavam. Apenas andava de maneira lenta, querendo aproveitar cada segundo fugaz desse sossego. Demorou uns bons minutos para alcançar meu campo de treinos rotineiros. Não havia nada de novo há relatar, era só mais uma paisagem parada que servia de plano de fundo para o canto inervante dos pássaros.  
- A mesma porra todo dia... - meus lábios não era imaculados como de uma princesa, muito pelo contrário. Existia um certo ácido em qualquer palavra que eu concebia. - É hora de manter, ao menos, o corpo forte para o chicote da realeza.
A ultima frase saiu com um toque macabro de sarcasmo, quase como se estivesse tirando sarro e rindo de sua própria realidade. Afinal, para aqueles que nascem fora do berço de ouro, só resta mesmo o pão e circo. Afastando-me desse pensamento, começo a correr por toda a extensão do campo. Os braços e as pernas se mexem em uma sincronia assustadora e digna de uma máquina.
As primeiras dez voltas foram bem, com os meus pés nus sentindo o toque raspante em seus dedos. O vento, em rebeldia, se mantinha forte e enérgico. Era, particularmente, uma tarefa em grata ir contra seus gostos embora, em uma analise derradeira, era isso que acontecia. A brisa pesada não deixava barato, fazendo-me agonizar de frio enquanto me mexia.
- Saudade dos robôs de treinamento, pelo menos, eu tinha a chance de bater na cara feia deles... - exclamava, sem cerimônia, em meio a uma ou outra respiração ofegante. - Eles devem agradecer ao Hokage por eu ter devolvido aquele brinquedinho dos nerds sem nenhuma peça faltando: não viram minha arma secreta ainda.  
Um pequeno sorriso se formava, de maneira efêmera, na sombra de meus lábios. Continuava correndo e, aos poucos, o suor se tornava o mais novo governante da minha testa. Mesmo que eu não parece a corrida, meus dedos - nesse altura trêmulos - faziam de tudo para manter o terceiro olho, ocultado pelo meu longo cabelo, a salvo dessa pequena enchente. Estava na minha décima quinta volta e o ar, em meros galopes, começava a fugir de meus pulmões.
Entretanto, eu continuava. Naquele momento, onde o sol estava cedendo seu espaço as estrelas, eu era tudo que meu clã queria: um objeto sem alma que apenas corria, seguia as ordens sem, ao menos, levantar sua cabeça. Era a vigésima vez que eu cumpria o ato, executava o comando. A raiva, nessa altura, competia com a fadiga pelo direito de meu sangue. Eu apenas continuava a correr, até quando os ossos iniciaram suas suplicas por uma pausa que era - deliciosamente - negada por essa boca suja.
Na trigésima corrida ao redor do campo minha própria carne já me tinha como sua pior inimiga. Ela, como o resto de meu corpo, havia de se contorcer em uma onda de dor generalizada. Eu, como o lixo que sou, finalmente cedi ao clamor popular e cair, como uma madeira velha e anestesiado, nesse solo verde. Minha ultima lembrança, antes de cair no abraço das trevas, era o creck interminável de meus próprios ossos.
Fim do Treinamento


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Mensagem por Um Sex Set 27, 2019 3:54 am

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O treino foi relativamente igual ao de Maquiavel, não existe um real problema nisso, mas seria bom criar esfoliante treinos para cada personagem. Ideias para treinar constituição são: exercícios ate chegar a exaustão, podes optar por corridas, agachamentos e etc, faça exercícios diferentes, não apena corridas, mensione a diminuição do tempo de descanso, invente um circuito de treino, como por exemplo o lee, 10 voltas, 10 pulos com corda, 10 x, 10 Y e etc. Rize não possui ainda nenhum ponto em Constituição por isso serão entregues as recompensas completas, o treino foi bom, mas tente imaginar como no mundo real se aumenta a resistência fisica, isso ajudará

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Ps - Rize completou seus dois treinamentos da semana
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Mensagem por Ilusionista Ter Out 01, 2019 4:53 pm

Rize Treinamento Individual IV

Rize POV
Um sorriso de milicia atravessou meus lábios sem pensar duas vezes, nada melhor do que uma floresta deserta e um saco de pancadas metálico para descontar minha raiva de todo dia. Para a sociedade, e para meu clã, nada além de uma cara indiferente é o desejo de meus amos malditos. Apenas nós, aqueles que tiveram o selo marcado em sua testa, sabem o preço do sacrifico: do gosto amargo a seco cortando as entranhas da minha garganta. Eles, os homens de nossa ramo nobre, choram por qualquer coisa. Vivem numa bolha, numa fantasia amena e esquecem do que realmente importa: o real, as suplicas de um povo faminto.
- Lata velha, é bom que os nerds tenham te feito melhor dessa vez... - preparado meu arco, passo a flecha com um esmero estranho para quem só me observa distante. - Vou ser uma boa menina, te deixo fazer o primeiro movimento.
Estava com um alvo na mira e, apesar do sorriso estampado em minha face ou palavras que bebem de um orgulho infante, meus dedos estavam tensos e brutos: puxando mais do que era necessário, desenhava em ato aquilo que meus lábios eram proibidos de dizer. A rebeldia inerte, a chama ocultada por meus olhos pálidos e mornos.
Meu pensamento morre subitamente quando, em um piscar de olhos, o robô de treinamento está cara á cara comigo - quase intimo, quase como se estivesse rindo em silêncio. Sua figura está mais humana deste nossa ultima sessão, ainda que o faltasse uma boca e sua face, na melhor das hipóteses, se resumia a um par de olhos opacos e ardentes. Antes que o tempo me deixe uma brecha uma piada sarcástica nascesse de meus lábios, um conjunto de socos bem dados voam em minha direção.
Saltei para trás, por pouco não largando meu arco no processo, em uma tentativa de me esquivar. Agora, com cada um de nos há metros de distância, meu olhar explode em surpresa e curiosidade. A maquina assumia uma invejável posição de um boxeador, como se estivesse aprendido esta arte da noite para o dia. Porém, atrás de meu fascínio, o suor descia de meus cabelos desarrumados.
- Eles te melhoram, uau, você realmente parece um lutador de verdade: me diz, colocaram isso no seu banco de dados ou você aprendeu por experiência?
Em meio a chuva de palavras lancei diversas flechas que almejavam acertar a cabeça dessa criatura de maneira veloz e eficiente. O vento, outrora calmo, era violentamente cortada por cada um de meus projetis. Entretanto, como tudo na minha vida, a palavra "fácil" não se encaixaria. Como um borrão, o oponente saia do caminho de cada investida como se estivesse dançando comigo e, no instante que seguiu a derradeira flecha, meu estomago sentiu o gosto de sua mão cerrada.
- Você tem um bom gacho de direita... Bem, para um escravo de bunda de aço né? - falava enquanto estava deitado ao chão e cuspia um pouco de sangue nessa grama irritantemente verde. Ele era forte e veloz, tenho que admitir: estou ansiosa para desmontá-ló com minhas próprias mãos.
O robô, cientificamente, não tinha expressões. Porém, no fundo de minha alma, podia sentir um certo sadismo vindo dele: como se estivesse gostando de toda essa violência. Eu tinha dificuldades para me levantar, meus ossos vacilavam em suplicas de dor silenciosas. Fazendo jus aos seus criadores humanos, a sua natureza, o robô tenta me acertar com um chute ainda que meu corpo se encontra-se no chão. De barriga para cima igual uma presa indefesa, um animal abatido na serva.
Rolo para fora de seu chute deixando feridas em meus joelhos e cotovelos como um presente. O golpe da maquina faz uma pequeno buraco no solo e a resultante de sua força me lança para longe. Por um instante apaguei e, por um segundo, a morte se aproximou de minha carne infante. O baque violento de minhas costas quanto uma árvore me fez voltar ao mundo real. Gemia de dor enquanto olhava para as nuvens, as testemunhas caladas dessa cena, tinha certeza que havia quebrado uma duas costelas nessa brincadeira.
Levantei-me com certa dificuldade, a dor já era a mestra de minha frágil - e humana - carne. Um par de costelas deslocadas me fazia ter, pela primeira vez, vontade de segurar os lábios. Eu não daria o sabor do meu grito para essa coisa. Meus dedos, mesmo banhados em sofrimento momentâneo, alçam até minha aljava com brilho da esperança em seu olhar. Porém, nessa altura do campeonato, eu devia saber o quanto ela é fútil.
A Aljava estava vazia, as flechas estavam todas no chão. O baque diante a árvore cuidou delas. Sem escolhas, ativo meu Byakugan e me preparo para o pior. O arco, mesmo sem sua seta, está apontado para essa criação metálica. Ele, sem medo, está parado diante de mim. Seus olhos de ébano artificial, por um instante, pareciam amanar algo além de um mera programação, parecia ter a centelha de uma emoção esquecida.
Antes que eu pudesse fazer minha jogada ele, como um borrão, desapareceu mais uma vez. Entretanto, a história não está fadada a repetição aqui: por agonia de meus ossos, quando ele novamente surgiu, esquivei de seu golpe por centimilímetros marotos. Continuamos com essa dança por mais de trinta minutos, com eu me afastando da árvore e indo para um espaço mais aberto enquanto - um a um - de seus chutes e socos falharam em alcançar seu destino.
A essa altura estava suando como um pouco e gemidos de dor escapavam - sem cerimônia - de meus lábios cansados. O robô, devo admitir, ganhou minha atenção. Essa maquina foi bem feita, algo que nunca poderei falar de mim. Ela não me dava brecha, ficava perto demais... Entre cada esquiva sucedida, nossos corpos se aproximavam. Se continuar assim, selarei meu próprio destino.
- Arco Santo: Flecha Santa - saltava subitamente e, do alto, lancei dois pares de flechas de energia em direção ao androide de treinamento. Puxar a corda, depois de tudo, arranhava até meus dedos mais calejados e, assim, minha queda foi acompanhada de meu próprio sangue.
As flechas feitas de Chakra foram disparadas em um breve intervalo, tentando prever o movimento de seu alvo. Porém, cansada, só tive tempo de vê - lo esquivar de todas as minhas tentativas. Pequenos buracos no chão, filhos desses tiros, é a única lembrança dessa batalha antes - no caminho da queda - eu apagar.
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[Campo de Treinamento] Time 13 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Um Ter Out 01, 2019 6:51 pm

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O treino foi ótimo! Por mais treinos assim! A melhor experiência é a experiência de combate. O texto foi bom, gostei bastante, parabéns.

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