Um Shinobi - Naruto & Boruto RPG
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[Campo de Treinamento] Time 13

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Mensagem por Ilusionista Sáb Ago 24, 2019 9:25 pm

Relembrando a primeira mensagem :

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Observação: Aqui ocorre os treinamentos - tanto individuais quanto coletivos - do Time 13 (Maquiavel, Asami, Rize e Kaneki)
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[Campo de Treinamento] Time 13 - Página 2 Empty Re: [Campo de Treinamento] Time 13

Mensagem por Ilusionista Sex Out 04, 2019 1:38 am

Maquiavel Treinamento Individual IV
Maquiavel POV
Eu estava demorando para fazer os relatórios aos meu pai, a minha real missão aqui está sendo mais lenta do que esperava. As pessoas aqui são fracas, estão amaciadas por uma paz falsa e fugaz. Entretanto, por mais que meus lábios nunca deem vida a estas palavras, uma verdade inesperado acabava por sacudir minha determinação fabricada: em troca de sua disciplina, a felicidade parece assinar suas faces de maneira breve, porém, sincera enquanto eu andava pela vila.
Afasto meus pensamentos rebeldes enquanto chegava em meio habitual campo de treino. O sol batia em meus rosto ainda que estivesse  jovem, recém nascido daquele dia. Minha mão pálida e seca abraçava a alça de um leve mochila escura. Seu tom, porquanto escuro quanto meus próprios olhos de ébano, se distinguiam de minhas vestas habituais brancas: representava, de forma simbólica, a pureza e sangue de uma suposta realeza que assombra minha casa.
Noto que novos buracos, exatamente quatro, surgiram no solo. Pareciam recentes mas, em todo caso, não era o momento devido para isso.
- Pai, espero que isso honre seu nome. - Sussurro para meus ouvidos solitários ao mesmo tempo que repouso minhas poses na sombra de um tronco.
Com os braços cruzados para trás, contra o vento e a física, me impulsionava para frente em uma corrida exaustiva. Entrei nas profundezas da floresta, querendo atravessar quilômetros até a montanha mais próxima: ela estava em meus planos que acabaram de sair do forno. Porém, como até a criança mais ingenua possa conceber, isso não seria uma tarefa para os que temem a labuta. Os minutos voavam como meu esguia semblante nessa corrida, o suor tomava conta de meus cabelos negros encharcados em seu próprio suor.
A esquiva de galhos e animais era um trabalho pouco grato, saltando rapidamente entre eles para não perder o rítimo era, no ponto de vista tático, um desperdiço de Stamina. Aos poucos, como uma máquina de carne e osso, minhas pernas começam se aprofundar em seu próprio desgaste. Confesso, em um silêncio que divide-se entre singelo e macabro, que seria mais simples pisar - esmagar - os esquilos e outros animais que teimam em ficar em meu caminho era uma opção que fazia meus lábios desenharem uma emoção: o sangue, de acordo com aquele que meu criou, não devia ser hostilizado. Sua queda, tal como o ato de respirar, é a parte da natureza que mora em todos nos.
Ainda sim, vou contra meus instintos. Não sei bem o motivo disso, sou um estranho a mim mesmo. Patético sou mas isso não me faz cessar. Esquivar dos obstáculos dessa tilha - não importam se tem ou não um coração - era como uma dança que flerta constantemente com a fadigá em meus ossos e, em especial, com as suplicas de coxa mergulhada no principio das dores.
A corrida continuava, os braços sempre cruzados. Apesar da minha destreza impar com meus olhos ardentes, uma certa ruiva de olhar opaco sabe que isso não é um dom compartilhado por meus pés. Mesmo calçados, estavam muidos com o esforço que essas dezenas de minutos traziam para seus pequenos - e pálidos - dedos que, a cada segundo, ganhavam mais um peso de presente.
Porém, lamento dizer, a dor não tem seu fim aqui: não está próxima de seu precipício mas sim, principio.
...
Boas horas se passaram, o sol já estava no alto: banhando meus cabelos, evaporando o suor dos seus fios aos poucos. Parei por um momento, não por desejo. Estava cansado e, sem escolha, caio de joelhos na grama verde. Minhas vestes, antes limpas com esmero, se encontravam maculadas como nunca deveria estar.
Cedi as suplicas de minha carne, a dor que - nessa altura - era o verdadeiro imperador de minhas pernas. Sento e, de maneira fugaz, tiro meu calçado e o deixo jogado para trás. Liberto e permito meus pés respirarem por um segundo breve, menos de um minuto se passava e apenas um detalhe da cena captura minha atenção: as cicatrizes que moram em meus pés, torna feio aquilo que deveria ser belo. Cada marca, mesmo muda e escassa, guarda um fantasma que tem uma história para contar.
...
Poucos momentos depois me coloco a pé mais uma vez porém, agora não estou mais a mercê da segurança da terra. Subi, de maneira fugaz, a maior árvore que banhou meus olhos negros. Num galho frágil me encontro, ele quase vacila com meus próprio peso. Assustadoramente similar com um papel contra o vento, lutando contra a inevitável queda que me espera.
De galho em galho meus dedos nus vão de árvore em árvore. Sempre reto, indo contra as normas do mundo. Meus braços, seguindo o costume arcaico, andavam cruzados atrás de minhas costas quentes. A pausa, o descansar, era um sonho que jamais se tornará a realidade.
Cada novo galho, cada novo salto sem descanso, significava mais um corte áspero em meus pés nus: mais uma cicatriz para a lista a cada ato que se fazia nesse mundo. Pois mais que meus lábios se mantivessem selados, vivos na mudez que foram criados para ser, a dor ainda estava lá: lá no canto junto das dezenas de cortes, dos gritos algozes que eu ignorava.
Os galhos estavam marcados de vermelho e, ainda sim, diante da grandeza dessa paisagem, meu sangue era o mesmo que nada. Horas se passaram e o cessar era uma palavra que não existia em meu dicionário. Meu pai estaria feliz, apesar de tudo: estava agindo com uma máquina perfeita, um robô sem lábios ou nervos. O sol, agora o do meio dia, fazia eu pagar o peso pela teimosia. Estava quente, o suor me sufocava sem dó.
A cada salto que fazia uma fração de meu chakra e stamina se despedia de mim. Com um bom par de horas, minha respiração já estava ofegante e meu corpo flertando com a exaustão quando, no linear do principio de mais uma tarde a montanha, outrora distante, sorria para mim há alguns metros de distância.
...
O sangue dos cortes em meus pés maculava sem pensar duas vezes a natureza que me cercava: deixava um rastro que não me permitia mentir sobre o passado que acabou de sair do forno. Observo, em meio ao ranger dolorosamente alto de meus ossos, a montanha que se fazia a minha frente: era vasta, montadas por pedra mais velhas do que essa minha podre carne poderia conceber.
Em seguida, a tona de suspiros que escaparam da prisão fria que provou ser meus lábios, voltava minha atenção para minhas mãos magoadas. Elas não estavam, tal como o resto de meu corpo, tendo um dia muito agradável. Mover meus dedos, mesmo que minimante, era uma labuta digna dos deuses. O ato, por mais mero que seja, fazia-me contorcer em silêncio.
Entretanto, isso não impedia a realidade de seguir em frente. Colocando minhas mãos e pés de uma maneira apropriada, comecei a escalar a montanha. As primeiras três horas, apesar de penosos, haviam sido bem sucedidos. A ventania, com o intuito de manter o costume, estava forte e desafiando meu equilíbrio uma meia duzia de vezes.
O sangue fervia e a adrenalina, essa droga bem vinda, afastava a fadiga por tempo o suficiente para eu conseguir subir um pouco. Porém, antes que pudesse cantar vitória, minhas mãos suadas pagaram o pato e, por um instante efêmero, escorregaram diante o domínio de uma, entre tantas, que desenhavam minha trilha até o topo.
Um segundo se passou e lá estava eu, em uma queda direta para me esparramar no solo. Metros e mais metros era o que constituiria a fina linha que me distingue dos vivos e dos mortos. Toda a minha carne, por mais que espirasse vontade de viver, estava submersa demais em sua própria estafa para fazerem algo. Os membros, anestesiados em sua dor, mal conseguiam se debater em vão.
Fechei os olhos, a força se esvaia até mesmo para os manter abertos. Abraçando a escuridão, poucas coisas conseguiam continuar acessas em minha mente: em especial, na contra maré que desenhou as dezenas de cicatrizes que tomam conta de minha carne, duas fotografias me consolam de maneira tola e, ainda sim, bem quista: a primeira o sorriso de minha mãe em uma noite chuvosa de Kiri e a outra, datada de seis anos atrás, mostra olhos opacos e cabelos ruivos sorrindo para mim apesar de todo o sangue que nos rodeia: uma mentira, um placebo de ignorância diante uma realidade fria.
...
A queda estava cada vez mais próxima e o desmaio estava cada vez mais convidativo. As dores, aos poucos, ficavam no passado. O coração, outrora acelerado, estava acomodado. Ele havia aceitado o destino, o cair nos braços da morte e eu, sinceramente, não posso culpa-lo.
Porém, o Homem age sobre a natureza e, quase como se estivesse ciente, a Pedra de Gelel que violou meu corpo acorda intensamente. Quase como uma cena de filme de horror, meu semblante se altera em um piscar de olhos: o menino frágil cede sua cadeira para aquilo que não se decide entre Homem e aranha. Transformado, meus dedos se aventuram em meus bolsos e arrancam - meio sem jeito - um pedaço de fio de aço e lança, com exito, para uma pedra maior que existia no alto dessa montanha.
Sem energia, entretanto, logo retorno a minha forma humana e começo a escalar a montanha através do fio de aço. Aos poucos, as mãos já calejadas, abrem fendas e feridas ao entrarem em contato com o material áspero, cortante e que - ironicamente - acabou de salvar minha vida. Um pé após o outro, fazia "rapel" sob a plataforma rochosa. O vermelho rapidamente se confundia com o arame e era acompanhado de meus gritos de dor.
Horas depois, já próximo do alto, minha cabeça brincava comigo mesmo em meio a um enxaqueca e sede infernal. Os pés estavam suados e a todo momento ameaçavam escorregar. Nessa altura, os seus pequenos cortes já deveriam começar a infecionar. A visão, antes minha aliada, estava vacilando e a vertigem, por breves momentos, estava se instalando.
A cada novo passo parecia que eu ia cair, ia simplesmente largar a corda e deixar o vento me carregar. Porém, eu havia conseguido chegar ao fim da linha que, no resumo da opera, perdeu seu brilho em meio a tanto sangue que dela respingava. Alcancei, em ultimo salto, o alto dessa montanha.
- Para lembrar os velhos treinos de casa, certo pai? - dizia em um tom baixo enquanto tentava me manter em pé, minhas pernas estavam tremendo como se estivessem no Pais do Ferro. Minha garganta ardia e, logo em seguida, via o que foi meu café da manhã diante de mim.
- Então, é isso que você anda fazendo aqui? Preciso relatar isso ao Senhor Jaavas... - exclamava uma voz em tom de curiosidade. Mal o ouvi chegar e, antes que pudesse capturar seu rosto, o sono me arrancou desse mundo.
Fim do Treinamento
   

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Mensagem por Um Sex Out 04, 2019 7:52 am

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O treino ficou ótimo, gostei muito como adicionou referências e muito mais a historia de seu personagem no treino, porem devo dizer que sle ficou relativamente longo. Nos próximos tentar ser mais resumido, os treinamentos em teoria deveriam ser rápidos de se escrever e sucintos

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Mensagem por Ilusionista Sáb Out 05, 2019 5:26 pm

Rize Treinamento Individual V
Rize POV
Havia muitos fios grudados em meu corpo, eles atravessavam facilmente o meu corpo. Eu me sentia como um ratinho ou, melhor, uma aranha de laboratório. O suor nascia enquanto eu corria perante a esteira. Sua velocidade era, em seu principio, mediana. Apesar de tudo, não passava de um ameno divertimento para as minhas pernas já calejados. O vento, forte como sempre, tornar-se um refresco bem vindo.
- Tá muito fácil, se eu quisesse brincar eu ia treinar com os bundas moles da Família Principal. - Dizia sem medo da morte, aqui eu estava com um dos poucos amigos que colecionei em minha dura vida. Sabe como é, nem todos nascem com bajuladores de nascença  - Passa pro nível dois virgem nerd... Bem, isso é uma redundância né? Foi mal. 
Um riso jocoso sai de meus lábios enquanto minhas pernas, quase como uma revolta rebelde pelas palavras que se tornavam minhas filhas mais novas, começam a sentir a esteira indo por um ritmo mais intenso e traiçoeiro. Aos poucos, como uma reação, meus pés começavam vacilar entre si. Praticamente encarei a queda um bom par de vezes antes de conseguir acompanhar os passos. Dessa vez, entretanto, meus ossos não iriam sair impunes: mesmo que por momentos breves, a dor estava se instalando entre suas brechas.
Duas horas se passaram e meu semblante, outrora confiante e irreverente, estava começando a suplicar por meio de respirações ofegantes. A boca, porém, continuava selada. Os olhos brancos não se abalavam, estavam correndo com tudo que tinham. Os ossos, as juntas, estavam pesando e, a cada novo segundo, suplicava por uma pausa que estava longe de acontecer. O suor, porquanto, percorria por toda minha carne e fazia, em um tom de malicia, minhas mãos e pernas conhecerem o significado de escorregadio. 
- Olha, não me entenda mal, sei que vocês nerds devem está babando para caramba pelo meu corpo mas, o que acham de uma pausadinha? - exclamava em meio a uma voz ofegante e, ainda sim, o destino me vetou essa chance. A esteira parecia se elevar e tornar-se mais estreita. - Que porra foi essa?!
A surpresa quase me fazia cair, rolar diante essa esteira na velocidade máxima. Eu continuava a correr e, mesmo sim, parecia algo inútil de se fazer. A esteira movimentava-se de maneira astuta, elevando-se cada vez mais. Depois de mais uma hora nessa dança, os ossos iam ao limite e seu ranger não era mais um segredo. Cabelos mergulhados e suados, braços que mais pareciam cozidos e muidos por um triturador perverso. A dor finalmente conseguia o que tanto queria; o que tanto todos desejam: uma voz há ser ouvida através de gemidos sufocados.
Porém, esforço possui a carne como seu pior inimigo. Ela é fraca, limitada. Houve um erro e meus pés vacilavam entre si. A queda, dessa vez, era a voz do inevitável. Cair e, em seguida, foi lançada para a árvore mais próxima. A cabeça doía, minha face estava frente a frente contra essa grama irritante. Os fios, antes ligados as minhas vestes, foram arrancados violentamente. Ela tocava minha pele branca sem meu aval, ostentando aquilo que mais almejo e, mesmo assim, o meu próprio nasceu negou-me.
- Entendi o recado... Qual o próximo passo? - Falava enquanto, aos poucos, me levantava em meio uma dor nas costas tremenda. - Certo... Tipo, isso não é meio arcaico não?   
...
Momentos depois lá estava eu com uma corda metálica e um pouco surpresa com a simplicidade. Entretanto, em meio a natureza, comecei a pular a corda. Inicialmente, me parecia uma outra brincadeira de criança. Meus lábios, por quando, aprenderam sua lição e saborearam o silêncio. Os primeiros trinta saltos, embora penosos para meus ossos já calejados e minhas costas rabugentas, foi feito de forma automática. 
Um pouco confiante - ou, como diriam alguns perdedores, arrogante - decidi desafiar meus próprios limites. Só os tolos se amarram dentro de ordens vazias. Decidi, portanto, ficar alternando - em pleno saltos - o par de mãos que comanda a corda. A cada salto, por mais mero que fosse, as mãos alternavam entre si.
O suor, uma vez mais, voltou a conhecer meus longos e escuros cabelos. As mãos, seguindo o exemplo, começavam a suar e, as poucos, vacilar. Os saltos, embora ainda existente em pares de dezenas, compartiam com o número de vezes que minha cara beijou esse chão.
Por fim, desistir da ideia. As pernas mal se aguentavam em meio a sua própria exaustão e uma sutil tremedeira. Meus dedos, agora submersos em sua própria água, voltavam a pular corda da maneira que deveria ser. Porém, era tarde demais para voltar a normalidade, ela nunca me adotou realmente. As juntas de meus braços choravam perante a labuta a cada novo salto que vinha ao mundo. Nessa altura, estavam anestesiados, pesados ao ponto de não aguentar os próprios músculos.
- Que tal terminamos por hoje? Essa coisa tradicional não faz meu tipo. - dizia ao encaixar meus pés ao solo novamente, anunciando, em silêncio, mais trinta pulos foram feitos. 
Mas, o destino - ou melhor, os nerds - me deram um presente não clamado: a corda metálica de repente começou a brilhar e, de maneira quase independente, se mover em uma velocidade que desafiava meus olhos albinos. Forçada, comecei a tentar pular - me esquivar de seu movimento frenético - entretanto, era em vão, mesmo que alcançasse as nuvens: a corda de metal sempre acabava por cortar minha carne de forma profunda.
A carne viva estava exposta assim com meu sangue que cai sob essa grama, a manchando fugazmente. Ainda sim, em gritos, continuei a pular essa corda. Na décima vez, porém, eu a larguei e tombei ao chão. Minhas pernas estavam mergulhadas em seu próprio sangue em um sofrimento que tornava banal as suplicas de meus ossos perante a labutá.
- Está cientifico o bastante para você, garota aranha? - Um jovem adulto me olhava por cima, sorrindo de maneira presunçosa. Apenas o responde, no meio da tormenta de minhas respirações ofegantes, mostrando o dedo do meio. - Essa é meu protótipo de corda de treinamento High-Tech a sua velocidade e intensidade pode ser regulada... 
Antes que ele terminasse, a escuridão banhou minha visão.
...

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Mensagem por Um Sáb Out 05, 2019 6:01 pm

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Esse treino foi muito bom, continue assim. Gosto desse lance de tecnologia nos treinos de Rize.

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Mensagem por Ilusionista Dom Out 06, 2019 1:35 am

Asami Treinamento Individual IV
Asami POV
Estava um pouco parada esses dias mas admito que a melodia dos pássaros é algo simples e, ainda sim, me rouba um breve sorriso. Meus pés estão nus, sentindo o leve toque áspero da grama em meus dedos albinos. Apesar da calmaria, das nuvens belas nesse céu infinito, meu olhar violeta estava afrita. Contemplava, praticamente como uma boneca de porcelana, o tronco da árvore que deixei uma catera violenta - uma marca da loucura que me persegue e, aos poucos, me consome em meio a sorrisos falsos.
Odeio isso porém, não posso deixar de ouvir o eco desses pensamentos em minha mente. Ao acompanhar de um suspiro infante, ando em direção ao pequeno lago que me observa. O rio estava calmo, suas ondas eram uma beleza que poucos tem paciência para visualizar. Essa sociedade, mesmo na paz, suas almas continuam inquietas. Algo os falta, algo além de seus prazeres fugazes. A natureza, em sua complexidade simples, ensina aqueles humildes o suficiente para se ajoelhar.
- Vamos lá, garota. Vai ser uma vergonha se você entrar no time sem dominar isso... - exclamava, em um tom de aparência serena, para meus ouvidos alegres enquanto me faltava um único passo para mergulhar nas águas. - Não posso fazer feio para os coelhos que moram aqui.
Havia uma leveza em mim, nas palavras que concebi a esse mundo. Porém, não era leve o suficiente. Quando entrei nas ondas, a queda e o frio me aguardava. Afundei de maneira veloz, me encontrei no fundo do rio e, num instante distante, sentir o ar escapando de meus pulmões. Aquilo fazia meu sangue ferver, a adrenalina no meu cérebro disparava e meus braços, tolos e acostumados ao luxo, se moviam em vão.
O oxigênio que eu tinha era escasso, nem o ar me desejava como amiga. Isso até seria engraçado, se a situação não fosse tão trágica. Os meus dedos tremiam, a vida queria se esvazia deles e, com ela, a semente dos sonhos que nunca foram plantados. A visão, em passos largos, se rendia ao abraço da escuridão. Eu tinha pouco tempo, segundos me separam da ponte que liga os vivos e os mortos.
Concentrei-me mas, era difícil pensar: uma labuta ingrata era o pensar. Entretanto, foquei-me. Não no agora, não na garganta ardendo mas sim, na energia que percorre meu corpo. Apesar da insanidade que segue meus passos, ela ainda girava em harmonia. Era o Yin e Yang, assim como as ondas que tocam minha carne desesperada, elas não paravam por nada e tudo atravessavam.
É assim que eu quero ser porém, não era o que eu devia ser. Fecho os olhos e, em um instante, me rendo a escuridão. Imagino, visualizo, o Chakra percorrendo por minhas veias ansiosas, devorando todo a carne que ele via em sua frente. Inicialmente, ele estava como um animal selvagem: uma besta rebelde que só conhece o chicote e a jaula fria e metálica.
Porém, aos poucos, imaginava essa energia como as ondas que me cercam: rodando entre si de maneira serena. Há uma certa resistência, o ar me faltava e manter meus lábios selados logo não seria uma opção. Depois do movimento circular, do Yin e Yang, tento o ver como se existisse no peito de meu estomago: como se fossem palavras que precisam conhecer a luz do dia.
A realidade me chamava, a morte batia na minha porta. Os dedos, a essa altura enrugados e anestesiados, lutavam contra a correnteza para pegar o caxibo anexado as minhas vestes molhadas. A mão estava tremula e vacilante, quase perde para as profundezas o item, que podia me dar mais um dia nessa terra, um par de vezes.
Literalmente eu dava meu ultimo suspiro ao bater meus lábios estáticos contra o metal dourado desse soprador e, por um breve instante, quase perdi minha existência. Estava me sentindo sufocada, caindo em disparada neste lago profundo. Entretanto, bato minha própria porta na cara do destino, uma bolha se faz em torno de mim e me levava para cima.
Perante as nuvens eu me encontrava, uma bolha me salvou das garras do meu velho amigo destino. Eram belas mas, não as olhei. Estava ocupada demais tentando roubar todo ar do mundo para mim em meio a respirações ofegantes. Estava de joelhos, doida e com frio. Fui tola, nem percebi quando a bolha estorou e do alto, mais uma vez cair.
...

Acordei na grama, as costas doíam e eu estava quase certa que havia quebrado uma costela ou duas. Os gritos de dor mal me deixavam falar. Os ossos, suplicando por um chocolate quente, tremiam sem parar. Os animais em minha volta se encontravam, pareciam entender o que eu sentia ou, melhor, o que dentro de minha existia.
Apenas sorri de canto de boca e me levantei em meio a ruídos dolorosos das minhas juntas. O Chakra estava aos meus pés e, ainda que cada passo berrava em seu silêncio, tentei a andar novamente na água: imaginando, no processo, minha energia como um Yin e Yang dentro da boca rodando, sendo como as ondas que quase me ceifaram desse mundo. Tentei por uma dezena de vezes, pelos minutos que minha carne doida aguentou, mas, o fim era o mesmo; a queda, os cabelos e vestes  molhadas.
...

Ao inicio da tarde abracei a escuridão e dormi como um bebê que tomou um banho de chuva enquanto se divertia rebeldemente.
Fim do Treinamento

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Mensagem por Um Dom Out 06, 2019 3:18 am

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O texto ficou muito bom, mas o treinamento em si não. Entendi sua ideia de colocar Asami entre a vida e a morte, e fazer ela ter um "crescimento" para sobreviver, em um momento de perigo. Mas, foi um pouco exagerado, cair no rio não me aparece ser tão desesperado quando foi mostrado, principalmente por que Asami ja fez isso antes e não teve tanto problema ou tanto drama como desta vez. Na questão prática, acho que deva pensar melhor no treinamento de M.CH para criar um método mais eficaz, mas não deve parar, é sempre bom continuar tentando.

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Mensagem por Ilusionista Sex Nov 01, 2019 5:23 pm

Asami Treinamento Individual V
Asami POV

Estava um pouco cansada, a reclusa dos superiores há me colocar em um time acabava por me tirar um pouco do sério, ainda que isso não escapa das amarras de minha face sorridente. A floresta estava cheia de vida, coelhos e pássaros me rodeavam como de costume. Eles tinham algo que eu invejo desde que me entendo como um gente, um espirito livre das correntes do destino. No fim do dia, toda a minha vida parecia se resumir a essa breve - porém sonora - palavra.
É bom um pouco desta paz, quando fui pegar o livro de hoje para estudo - Analise da Psiquê Humana no Mundo Shinobi os lábios das pessoas não paravam de se embriagar em um único assunto: os desaparecimentos que, aos poucos, estão se tornando óbvios demais para se esconder por trás de uma propaganda barata. Podia sentir o medo das pessoas comuns, o receio do que o futuro podia está reservando para eles. Bem, por baixo de meu andar calmo, não era segredo para mim que o destino não tem fama de ser um cara bonzinho.
Afastando-me desses pensamentos, apenas sento-me e encosto minhas costas em uma árvore qualquer, a paciência era algo que estava me faltando hoje. O livro, que outrora repousa em minhas mãos cuidadas com esmero, era grosso e guardava para si uma aparência longe de ser agradável: o cheiro de mofo era agressivo, fazendo meus pequenos espirros uma sifônia frequente.
A capa, não querendo ficar muito para trás, parecia devorada para algum animal de tão rasgada e sem cor que estava: era quase impossível saber o nome da obra em uma primeira visita. Com um pouco de esperança, folheio as primeiras páginas com a delicadeza de uma princesa rebelde. Porém, o conto de fadas logo termina pois, a tinta destas folhas se perderam em meio aos séculos.
Ler isso seria algo penoso, mas, entre a teimosia estupida e a coragem, me recusava a ceder. Passei as primeiras horas tentando decifrar as poucas palavras legíveis, quase como se fosse um quebra cabeça de milhões de peças. Letra por letra, folha por folha, eu desenhava as frases perdidas em minha cabeça.
- Todo inimigo, fora e dentro da batalha, tem uma história. Saber seu passado permite manipular seu futuro.
Sussurrava para mim mesma em um suspiro de cansaço, aquele foi meu sucesso em meio a este enigma arcaico. Mais horas se passaram, o dia se tornou tarde em um piscar de olhos. Passando de dezenas para  centenas de páginas, tentando decifrar - com as poucas palavras que restam - o significado de cada frase.
- Apesar do que o Código Shinobi prega, todos os Ninjas tem sonhos e desejos. Por vezes, quando a violência não servir, oferecer uma escuta pode ser a solução de seus problemas. Escute-o, colete informações de seu inimigo e use a seu favor.
Eu concordava com isso mas, a dor de cabeça de tentar decifrar os fragmentos batia em meus ouvidos como se fossem diversos papéis explosivos acionados diante de meus portais. Eu apenas arrastava-me para a próxima página, torcendo para aquela ser a derradeira. Porém, sejamos sinceros, a sorte não gosta de sorrir para mim: o Sino preso em minha orelha era a prova viva disso.
A tormenta morava em minha cabeça e a leitura, antes veloz, parecia algo mais penoso que treinar combate físico. As palavras pareciam me sufocar, deixar-me tonta. Isso me faz ser uma estranha para mim mesma entretanto, ainda sim, continuava a ler movida por um teimosia que não cabia nem em meus próprios lábios. Perdida entre frases - letras - incompletas, mal percebi que o sol deu lugar as estrelas no céu.
- Um ninja comum acha que o mundo é dividido entre "preto e branco" confunda seu alvo, faça-o duvidar de suas crenças nesse sentido: Faça-o vê-lo como um amigo.  
Fechei o livro após decifrar a ultima frase, de maneira bruta e anormal. Colocando-o no colo, percebo seu peso em minhas pernas. Porém, no mar da fadiga, essa ondulação não faria diferença e acabei por cair em um sono profundo.
Fim do Treinamento
 

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Mensagem por Um Sex Nov 01, 2019 7:30 pm

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O texto ficou muito bom, o treinamento também, porém você ja teve treinos melhores. Busque encontrar talvez outras formas de treinar RAC sem ser ler livros, novos de estratégia podem funcionar também

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Mensagem por Ilusionista Dom Dez 15, 2019 7:08 pm

Rize Treinamento VI

Faz um tempo que não venho ao campo, faz um tempo que não tenho um tempo só para mim. Sorte minha que passei no laboratório dos "cientistas/nerds" para pegar alguma coisa útil. O pessoal não parece se importar muito com isso ou, ao menos, disfarçam bem. Pessoalmente? Acho que eles morrem de medo de encarar, de levar um bom soco no meio da cara. Podia dizer que odeio isso, que não era meu estilo. Mas, sabe como é, não sou de mentir.
Primeiro, coloco uns pesos de treinamento em minhas pernas. Inicialmente, é algo bem banal. Bem chato para dizer o mínimo. Eles tinham um semblante de raiz rustica e, contra minhas expectativas, não saltam diante meu olhar albino impaciente. Ao eco de um suspiro, começo a correr em alta velocidade ao redor do campo - através das árvores que aqui moram.
As primeiras corridas foram uma repetição sem fim, nada perto do desafio que eu tanto ansiava. Andei em circulo algumas vezes, acredito que uma dúzia antes de cessar meus passos. Porém, não se engane, isso não era obra do cansaço. Não. Era de algo mais poderoso, era do tédio que respirava por além de minha carne.
Sério, isso é tudo que vocês tem "esquadrão nerd?" Vão ao inferno!
Exclamava, praguejava, sem se importar que alguém me daria um sermão de presente. Aqui, ao menos, eu era livre. Continuei a correr em círculos e logo, tratei de morder minha própria linguá. Meus ossos, cada pequeno osso, de minha perna envolvido pelos pesos - subitamente - pareceu ser esmagado. Pareceu está sob o abraço de um urso feroz.
Aquilo pressionava minha estrutura ao ponto de gritos invadirem meus lábios. O eco do brando pedia, implorava, para eu cessar com essa teimosia. Entretanto, eu não era boa em obedecer. Continuei a correr, ainda com mais força do que a ultima vez. O suor, por mais que eu não admitisse, era nítido. Morava em minha testa como poucas vezes eu vira.
Quase como se fosse em uma reação, em uma birra de criança, a minha vigésima corrida foi marcada por mais uma "brincadeira" desse dispositivo. O peso em minha canela aumentou, sufocando-a até que eu tivesse certeza que minha carne - minhas entranhas - estivessem gritando por dentro de dor. Revirando-se.
Um pouco de sangue corria para fora de meus lábios, um sinal que havia quebrado dentro de mim. Sabia que o bom senso dizia, sussurrava, para eu parar aqui. Entretanto, eu tinha outra ideia. Feito um outro destino para mim. Ainda que em gritos, ainda que meu caminho fosse regado em vermelho, escolhi ir para frente. Correr.
Os Quilos nesses pesos pareciam a crescer cada vez mais, como se eu estivesse levantado um par de grandes pedras sempre que um novo andar nascia. Eu já tinha levado muitas rochas na cara mas isso conseguia ser pior. Quase uma tortura auto imposta. A corrida número 30 foi minha derradeira, antes de cair sem sentir minhas pernas. Antes de sucumbir ao escuro.

Fim do Treinamento
         

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Mensagem por Um Ter Dez 17, 2019 11:36 pm

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O treinamento ficou bom, mas poderia ter sido um pouco maia criativo. Constituição tem haver com a resistência do corpo, busque ampliar a gama de exercícios

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Mensagem por Ilusionista Seg Dez 23, 2019 3:09 pm

Maquiavel Treinamento Individual V
Continuidade: Antes do Evento do Dia dos Professores e diretamente após o Treinamento IV

Não era a primeira vez que me encontro sequestrado, ser filho de King tem esses privilégios estranhos. Está nos holofotes quando o que deseja é apenas uma sombra muda. Minha cabeça estava zonza e meus olhos, seguindo essa dança, demoravam para se encontrar. Porém, quando o fizeram, a realidade se mostrou ainda capaz de me pregar surpresas. Olhar arregalado, apenas pude me contentar em ser um mero turista diante do cenário brutalmente alterado. Não estava mais pisando na natureza, não. Meu corpo moído repousava em uma cadeira de metal, preso em um quarto acorrentado pela escuridão. O abismo.
- Não me diga que o grande príncipe da família Jaavas tem medo do escuro...   - Ouvia uma voz perto de mim, a mesma da montanha. Sentia um tom de zombaria, a promessa que logo se cumpriria de mais um punhado de palavras acidas no ar. - Nem tente usar seus olhos amaldiçoados em mim, afinal o bebê se cansou demais "brincando"...Amador.
Essa tática de terror não funciona comigo, desde meus anos mais infantes meu pai garantiu isso. Mas algo que saiu de seus lábios não podia ser negado, estava exausto. Minha cartilha de opções nesse momento é, por falta de expressão melhor, porca. O instinto, decidido em tomar as regias, lutou para se livrar da corda que enforcava meus pulsos. Péssima escolha. Os dedos estavam a mercê de fios de aço afiados, qualquer passo em falso e minha carne podre seria fatiada.
Sem cerimônia, era isso que o mundo real guardava para meus atos. Sangue jurava meus dedos apertado e um suspiro rebelde escapava de meus lábios. Secos, sua voz chegava ao breu seguidas das gotas de vermelho que prometiam chegar em um chão que fugia de meus olhos. A carne ardia, em silêncio gritaria.
- São muito melhores que cordas não acha? São os pinceis de minha arte... - O estranho nas sombras ria por um segundo fugaz, o barulho que de sua alma nascia era tão frio quanto o meu próprio. Apesar disso, ele parecia está se divertindo enquanto mexia nos fios que mantinham minhas mãos no lugar, sorrindo enquanto minha carne suplicava e jurava. - O Negócio é o seguinte, sei que é um pequeno Corvo de King e, sabe, não posso deixar Corvos voando por ai... Desbucha logo e vai se encontrar com os anjos mais cedo, beleza?
Era irritamente obvio que esse estranho estava se divertido, era muito fácil o imaginar sorrindo de maneira perversa enquanto as sombras tratam de o abalar que nem um bebê sádico. Não fazia o menor esforço de domar suas emoções, o jubilo que fazia seu sangue ferver enquanto minha carne - lentamente - se tornava cada vez mais nua e crua a medida que os segundos iam e vinham.
Intencionalmente, ele rodava os fios cor de prata em meus pulsos, fazendo-os se despedir de sua pele aos poucos. Aquilo era doloroso, faria qualquer amador abrir o bico nessa altura. Porém, para minha sorte ou azar, eu não era qualquer um. A carne estava sendo desfilada e o sangue era o molho que vazava de seu prato. Ainda sim, me mantive com os lábios costurados.
- Existe uma linha tênue entre coragem e estupidez, garoto... Lamento lhe avisar mas está na segunda opção. - Exclamado com o desdém que, agora, parecia nada além de banal nessa altura. Seu rosto, de maneira súbita, salta de encontro com o meu. Sua iris, um verde intenso, contracenava com o preto denso de meu olhar. Ainda que nas trevas, pude ver um sorriso de canto se formar em sua boca. - Foi só o aquecimento... Sei que ler muito então, lhe darei um presente. Uma amostra da arte conhecida como Morte por Mil Cortes...Lingchi, para os íntimos.
Desaparecendo mais uma vez, minha cabeça estava começando a vacilar perante o império da dor que se arrastava por meus ossos. Porém, o pior ainda não tinha dobrado a esquina. De maneira proposital, o estranho deixava sua lâmina a mercê de minha visão. Uma Kunai, um cartão postal do que estava por vir, seria seu pincel enquanto eu seria seu quadro branco. Aquele que ia carregar sua arte.
Segundos se passaram, segundos de silêncio que serviu de entrada para a tempestade. Sem pressa, sua lâmina fria era introduzida em uma carne que não poderia fazer nada além de assistir - nada além de ficar sentada no sofá. Cada corte que era feito, cada pequeno nervo que era desenhado em dois, tinha uma crueza calculada. Um instinto que apenas o Homem seria capaz de dar vida.
Horas se passaram ou, assim, eu preferia acreditar. Tonto, a perda de sangue já começava a tirar o melhor de mim. Meu estomago se revirava, querendo vomitar a cada novo segundo que se passa. Cortes e mais cortes eram desenhados em meu corpo, cada articulação ou nervo que existisse em braços, pernas ou em meu peito já havia sido encontrado por essa lâmina negra.
O vermelho havia dominado as cores brancas de minha veste, cada corte ardia como apenas no inferno encontrava seu semelhante. Meus lábios, outrora mudos, gritavam sem parar e, mesmo assim, só tinham seu próprio eco como consolo. A garganta, se contorcendo, no limite estavam. Em minha pele - ou melhor, no que dela restava - dezenas de feridas pulsavam em dor. Faltava poucos passos para sua primeira centena.
- Conte, já estou a Horas aqui... No começo é divertido, sua teimosia é como uma gasolina para o artista, mas agora? É apenas tedioso, uma perda de tempo... - Dizia, agora mais distante, o seu desanimo ganha vida através de palavras arrastadas. Palavras que não queriam mais está aqui. Obviamente, seu desdém estava longe de morrer. - Resta poucos minutos para você, resta pouco para corda terminar de pegar fogo e você morrer... Diga-me, príncipe Jaavas, não tem ninguém que lhe faça se agarrar a vida? A sua existência medíocre.
Ele esperou alguns instantes, alimentado por uma esperança de que eu abrisse a boca. Gastasse o que resta de minhas cordas vocais implorando por mais um dia nessa terra, sacrificando meu orgulho e segredos para ver um mero pôr do sol amanhã. Patético, ele não sabe quem eu sou? Meus lábios estavam selados, mortos para seu olhar esverdeado.
Acedendo a luz de maneira súbita, o estanho fez meus olhos arderem. Sensíveis estavam, rapidamente rastejaram para o escuro de novo. Fechando os olhos, navegando na dor, a sombra me adotou. Como uma criança, eu recusava a realidade encarar. Aceitar a verdade em suas palavras, aceitar que a perda de sangue ceifou meu destino. Ceifou a chance de vê-lá novamente, Asami.
Tonto, olhos ardendo e dezenas de cortes profundos. Quase esquecia de meus pulsos em carne viva, de meus dedos sufocados pelo delicado fio de aço. A ultima coisa que viaja aos meus sentidos, o adeus do mundo para mim, foi um riso de meu torturador. Sádico porém,  mais verdadeiro que jamais pude ser.
- Hoje não terá nenhuma ruiva, nenhum anjo para salvar sua alma... Não perca seu ultimo folego rezando afinal, ninguém vai querer ouvir.

...
Epilogo
 

Acordava, sentia algo liso e confortável apoiando minha carne que vivia como se acabasse de ser jogada no ventilador. Era quente, era calmo. Era tudo que minha alma mais estranhava. Estava em uma cama, cheio de bandagens. Uma voz, a voz que acabou de me trazer mais cicatrizes, despertou-me como um soldado para o mundo.
- Admito, o poder de Regeneração da Pedra de Gelel é invejável... Quem precisa de um anjo quando se tem a ciência do Homem? - O estranho de olhos verdes estava sentado em uma cadeira próxima, agora posso vê-ló melhor. Suas vestes brancas, ele era um agente de meu pai. Eu os conheço em qualquer lugar. - Claro, os medicamentos da Organização foram o que te salvaram da cova... Eles e o fato de você ser "o bom filhinho do papai" Sabe como é, se você fosse dessa para melhor, cabeças iam rolar...    
- Quem é você? Esclareça seus atos. - Dizia, tentava soar que estava no controle mas até uma criança de cinco anos riria disso. A voz quase não saia e falar, por mais simples e direto que fosse, fazia cada centímetro do meu corpo gritar. Certamente, seria uma "pequena lembrancinha" do que a realidade me trouxe. Ser a "arte" dele cobrava um preço. Um preço pela eternidade.
- Não me surpreende não lembrar de mim, príncipe Jaavas... Era uma criança na época. Ebern, o emissário de King.   - Ele se levantava da cadeira, deixando seus cabelos loiros ao vento enquanto sua face fria me filtrava por um segundo. Um segundo que parecia tocar minha alma. - Foi encarregado de testar sua lealdade e avisar que sua responsabilidade, a sacerdotisa, se encontra na aldeia... Acredito que não preciso lembrar o príncipe da importância de tê-lá ao nosso lado então, por favor, tente não estregar tudo dessa vez.
Em um piscar de olhos ele se tornava apenas uma memória e, somente a luz desse fato, notei que me encontrava em minha propriedade.
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Mensagem por Um Seg Dez 23, 2019 9:39 pm

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Gostei bastante desse treino, se é que podemos chamar ele assim hahah A interação de Maquiavel com sua história e eventos esta sendo muito bem construída, parabéns

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Mensagem por Ilusionista Seg Dez 30, 2019 8:55 pm

Treinamento Individual V Rize

Aquela mulher de cabelos roxos ainda estava viva em meus pensamentos, mesmo que dias tenham se passado, suas palavras pareciam recentes. Meus punhos, cerrados como de costume, acertavam  o tronco diante de mim sem pensar duas vezes. Socos e mais socos se encontram com a madeira antiga, determinados a deixar sua marca nessa superfície. Rebeldes, se recusam ir embora sem deixar sua marca.
O tempo se passa, o sol esfria, mas ainda estou lá. Socando sem descansar, em várias posições, vendo minhas mãos se encheram de vermelho como recompensa. Ardendo, o sangue vazava pelos meus dedos nem um pouco delicados. A dor pulsava, queria ver minha língua gritar porém, seu esforço, era em vão. Calada, com dentes gelados, a sessão de socos ficaria viva mais um pouco.
Impaciente, vítima do próprio tempo, minha cabeça começa sentir o calor do meio dia. Gotas de suor dançavam em minha testa, querendo manchar a marca que me separa da realeza. A droga da grandeza. Suspiros escapavam de lábios estranhamente mudos e obedientes, a raiva ceifava o direito da palavra de existir. Um sentimento tímido e reprimido de importância. O sinal nu e cru de fraqueza estampado em minha pele.
Explodindo sem nada dizer, a adrenalina em minhas veias fazia eu socar esse tronco cada vez mais rápido, cada vez mais brutal. Meus três pares de braços entraram na dança de uma só tacada, enchendo meu punho fechado com mais sangue e suor. Dedos pulsando finalmente se retraem, sua carne estava à mostra e, com ela, trazia uma lembrança. Farpas, madeira tirada de sua casa e arrancada pelas ruas da violência. Ruas de poder.
- Isso garota, quem é a fraca agora?!
...
A noite chegou, estava repousado no tronco de árvore que tinha meu sangue correndo por suas veias agora. Olhava para meus dedos, sentia eles querendo uma boa noite de sono. Dormir naquele lixo, as sobras, que o Ramo Principal nos deu para calar nossa boca. Entretanto, não seria nesse momento que eu voltaria para seu teatrinho. Ainda tinha uma coisa para testar, uma inovação que precisava de mim para existir. Uma cobaia.
Dito isso, levantaria e colocaria o que trouxe dos laboratórios para ficar na guarda de minhas costas. Para olhos leigos, ou só cansados como os meus, parecia apenas uma mochila de prata digna de uma princesa que nunca tirou seu salto alto. Revirando meus olhos albinos, começaria a dar voltas pelo campo de maneira casual porém, veloz. Era como se estivesse correndo de um fantasma. Correndo de mim mesma, uma mestiça patética.
- Os nerds esqueceram de me dar o manual desse troço… Pera, me deram sim, só tive preguiça de gastar meus olhos neles.
Um riso saía de meus lábios, um riso que não tinha medo de existir, enquanto eu corria sem as amarras do destino. O peso, a tarefa, era no ínicio irritante de tão simples. Quase um insulto por si mesma. Entretanto, com o passar do tempo, a história se mostraria sendo outra. Sendo traiçoeira. Meus ombros começavam a se sentir quebrados, loucos com a pressão que acabaria por nascer.
Sem escolha, minha boca gritou e deu vida a uma meia dúzia de palavras proibidas. Fiquei de joelhos, sentindo-os se revirar em sua própria dor. Era como ter uma pequena montanha em suas costas, malditos. Ergui-me umas trinta vezes ou, assim, tentei. Toda vez que conseguia, toda vez que ousei ir ao alto, minhas asas eram cortadas. Talvez esse seja meu lugar, nas sombras da mediocridade.
Passando algumas horas, lá estava eu na grama. Os pés choravam calados em seu sofrimento, incapazes de aguentar até seu próprio peso. Minhas mãos estavam abertas, ainda espalhando seu vermelho de mais cedo na natureza. Olhava as estrelas, querendo cair no sono a cada segundo que surgia. Quem sabe, um dia eu também seja uma delas. Uma das estrelas.
- Rize, gostou no novo brinquedo? Ela se ajusta a força do usuário, o seu peso para ser mais específico… - Um cientista anda de maneira calma até mim, encarando meu rosto com um riso carente de juízo e amor pela sua própria pele. Apenas o indicaria meu dedo do meio antes do escuro, cansado de seu atraso, me arrastar para suas terras.        

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Mensagem por Um Qui Jan 02, 2020 3:33 pm

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Este treinamento foi ótimo, gostei de como dividiu as atividades e o tempo, foi bem útil para mostrar o esforço de Rize. Parabéns! Podes continuar em treinos, fazer esse mesmo esquema, separando o tempo e as atividades, realmente foi útil.

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